15.8.06

Violência


O repórter da Globo Guilherme Portanova voltou são e salvo daquela que, certamente, é a maior história de sua vida. Poderia não ter voltado. O episódio do seqüestro do jornalista traz à tona algumas discussões que precisam ser feitas. A primeira, o mito de que no Brasil o jornalista não sofre violência. Nos grotões, ou mesmo nas grandes cidades, seguidamente os repórteres são ameaçados por matéria que denuncia algo ou alguém. A segunda, a tremenda omissão dos meios de comunicação sobre isso. No caso da Globo, justiça seja feita, a empresa agiu com cuidado para preservar a vida do profissional. Mas em muitos outros casos as empresas simplesmente lavam as mãos e largam o jornalista à sua própria sorte. E, terceira, a impunidade. Lembremos de casos como o repórter que sofreu um atentado em Itapema/SC, há alguns anos. Não custa perguntar: alguém foi preso? Que eu saiba não.